terça-feira, 27 de outubro de 2015

Aula de amanhã - Dúvidas sobre a valuation

As turmas de Finanças II de atuária, tarde e noite, terão aula no laboratório do CCSA, onde sempre temos aulas.

A turma de análise de investimentos em contabilidade eu terei que fazer uma adaptação.

Atenderei aos grupos individualmente, porque não teremos laboratório disponível. Então pegarei o tempo da aula, dividirei pela quantidade de grupos e assim faremos para discutir sobre as dúvidas. Quem tiver notebook, peço que traga. Nos encontraremos na nossa sala de aula normal (apenas o pessoal de contabilidade).

Boletim Focus


A inflação continua a crescer. No último boletim divulgado, tivemos um IPCA de 6,50%. Há quatro semanas a previsão era de aproximadamente 6,05%. 

Segundo as instituições TOP 5, o IPCA será em torno de 9,85% neste ano.

Enquanto isso, o PIB continua a decrescer, há quatro semanas o PIB estava sendo marcado pelo percentual de -2,80% e atualmente o mesmo índice chega a marcar -3,02%. 

Sendo assim, talvez os presentes natalinos sejam comprados por preços um tanto maiores do que os comprados no ano passado, sem contar com as famílias mais carentes que perdem ainda mais o poder de comprar alimentos suficientes para a sua subsistência.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Questões teóricas e planejamento das próximas aulas

QUARTA-FEIRA (28/10):
Nossa aula de quarta-feira será para tirar dúvidas das suas valuations, no laboratório.

Como eu disse, é para tirar dúvidas. Vocês chegaram com opções e nós discutiremos qual deve ser a melhor.

Por exemplo: você está com dúvida sobre como estimar o crescimento da empresa. Chegue com duas opções, apresente o motivo da dúvida para a turma toda e nós discutiremos qual poderia ser a melhor.

QUARTA-FEIRA (04/11):
Após isso, na aula da outra quarta-feira, já que segunda é feriado, vocês me entregarão as respostas as respostas das questões abaixo. Quando todos me entregarem, discutiremos sobre elas. Caso tenham mais alguma dúvida sobre a prova, o tempo restante da aula será destinado a isso.

A aula de hoje os monitores responderão a questão prática de valuation, na semana que vem discutiremos sobre as teóricas e na semana seguinte será a nossa prova (09/11/2015, com questões teóricas e uma valuation, com base nos dados que darei na prova, semelhante ao exercício que vocês fizeram e que corrigiremos hoje).

Questões teóricas (para responderem a essas questões, vejam esse post e os slides que utilizamos nas últimas aulas):

1.Se uma empresa fechada não negocia ações em bolsa, como eu posso estimar o beta dela? Explique para o seu cliente (que não entende do assunto - evite termos técnicos), entre 10 e 15 linhas. Defina as metodologias e apresente as vantagens e desvantagens de cada uma delas.

2.Considerando que você precisa utilizar o bottom-up para estimar o beta de uma empresa fechada, o que você levaria em consideração para escolher as empresas comparáveis?

3.Como o beta total e o coeficiente de correlação entre a empresa e o mercado poderiam ser estimados para uma empresa fechada? Dica: considere a metodologia bottom-up.

4.Se a valuation estiver sendo feita com o propósito de IPO, não é necessário fazer o ajuste no beta, para a diversificação. Por quê?

5.No caso de uma venda de empresa para um investidor individual, deve haver o ajuste da diversificação no betal (beta total)?

[SEMIFINAL] Desafio Universitário Empreendedor

O post abaixo foi publicado no blog Contabilidade & Métodos Quantitativos:

Em 30 de junho de 2014 eu incentivei meus alunos de Finanças I a participarem do Desafio Universitário Empreendedor, bem como de outros jogos de empresas. Acredito que esses jogos sejam muito importantes para complementar a formação da graduação. Eu sempre participei durante a minha graduação. Isso foi muito proveitoso.



Voltando ao ponto, semana passada eu recebi um email da minha aluna, agora em Finanças II, Caroline Delfim informando que ela havia sido selecionada para a semifinal estadual do Desafio. Eu nem lembrava mais disso.

Para quem não acompanha o meu outro blog, de Finanças, ela chegou a estar classificada em 7º lugar em um jogo da CVM, sobre o mercado de capitais. Agora está na semifinal de um outro jogo. Parabéns, Caroline!!

Aos colegas de turma que também participaram do Desafio, voltem a jogar para pontuar na temporada desse ano e também concorrerem ao prêmio. Além disso, joguem e discutam suas experiências com Caroline, de modo que possam ajudá-la a ganhar ainda mais experiência para a semifinal que ocorrerá mês que vem em Campina Grande.

Vamos lá!

Abaixo segue o email recebido.

*Caríssima Universitária Caroline,*
Parabéns, você foi classificado (a) para participar da etapa *SEMIFINAL
PRESENCIAL ESTADUAL DA COMPETIÇÃO DESAFIO UNIVERSITÁRIO*
*EMPREENDEDOR 2015, *que acontecerá no período de 13 a 15 de novembro, em
Campina Grande.
Atenção para as orientações que seguem abaixo:
As despesas com deslocamento, alimentação e hospedagem serão custeadas
pelo SEBRAE Paraíba. Você precisa responder as perguntas abaixo:
Você pode participar da etapa semifinal presencial estadual”?
Você esteve matriculado em algum curso de graduação no período de
31/10/2014 a 30/09/2015?
Se sim, favor providenciar os documentos que seguem na relação abaixo,
necessários para a emissão dos serviços acima citados:
- Comprovante de matricula emitida pela secretária da faculdade e
assinada do período mencionado acima.
- Preencher o formulário anexo, bem como disponibilizar a documentação:
- Cópia da carteira de identidade e prova da inscrição no CPF, ou
documento equivalente que indique os números da carteira de identidade e do
CPF.
- Comprovante de endereço.
O prazo para o envio das informações acima, bem como da entrega dos
documentos, é até o dia 27 de outubro de 2015, às 17:00, hora local.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Módulo VII – CPA 20


Podemos esperar até 15 questões dos assuntos deste tópico na prova. Os assuntos abordados aqui serão os principais deste módulo:: Beta, Índice de Sharpe e Duration.

ÍNDICE DE SHARPE:

Começaremos com o índice de Sharpe. Quem cursou Finanças I certamente já estudou este índice (no blog você pode encontrar algumas coisas sobre isso, mas infelizmente ainda não temos disponíveis os materiais sobre avaliação de desempenho, principalmente sobre carteiras - porém semestre que vem eles estarão online para quem quiser, de forma organizada - os alunos da disciplina, todavia, podem encontrar esses materiais nas copiadoras da UFPB).

O índice de Sharpe nos revela a relação existente entre risco e retorno de um determinado ativo ou de uma carteira de ações. Indo direto ao ponto, quanto maior for o índice de Sharpe, melhor terá sido o desempenho do ativo. Ou seja, você tomou uma boa decisão.

BETA:
O Beta, também é bastante falado e usado nas aulas de Finanças I (slides de uma das aulas e um vídeo explicando como estimar), II (exemplo 1 e 2) e III. Relembrando aos esquecidos, o Beta mede a sensibilidade de um determinado ativo em relação a uma carteira teórica de mercado (geralmente utilizados o Ibovespa como proxy).

Como o Beta mede a sensibilidade do seu ativo em relação ao mercado, ele mede sua exposição ao risco sistemático. Logo, quanto maior for o Beta, mais arriscado será o seu ativo. Se é mais arriscado, espera-se retornos maiores também. 

O benchmark é Beta = 1, porque se o Beta = 1, quer dizer que seu ativo é o próprio mercado: vocês está investindo na carteira do mercado. Então, Betas maiores do que 1 são de ativos mais expostos ao risco sistemático e menores do que 1 são ativos menos expostos a esse risco.

DURATION:
Duration, mede a sensibilidade de um ativo em relação às variações da taxa de juros, ao passo que quanto maior for a Duration, menor será o preço do ativo se a taxa de juros subir.

Clique aqui para ver uma postagem anterior sobre Duration aqui no blog, feita por Hallyson Alberto.

De forma resumida, assim se encerra a série de postagens sobre a certificação CPA-20. Foram explicações resumidas, mas que servirão muito para vocês terem uma ideia geral sobre o tema. Aqui no blog vocês podem encontrar materiais para a maioria dos assuntos. Busquem também outras fontes e boa sorte!

Assita também a esse vídeo: youtube.com/watch?v=dZF_KER6QLk

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Aula de amanhã: o beta total

niciasouza.wordpress.com
Antes de qualquer coisa: esse não é o betal total que vocês devem estar pensando. Não tem nada a ver com gravidez!

Na aula de amanhã vocês me entregarão a resposta do exercício que passei ontem, nós corrigiremos e eu entregarei mais alguns exercícios - porém mais teóricos.


Recomendo que pesquisem na internet sobre "total beta" ou "beta total" e levem anotações.

Algumas sugestões de links (pesquisem mais):

  1. Site de Damodaran;
  2. Wikipedia; e
  3. Artigo brasileiro de valuation com o uso do beta total.

Boletim Focus

A expectativa há quatro semanas para a inflação era de 9,34%, aumentando para 9,70% há uma semana e fechando para esta semana em 9,75%.

As instituições Top5 esperavam um IPCA 9,36% com previsão há quatro semanas, crescendo para 9,67% há uma semana e prevendo uma inflação de 9,82%, com dados desta semana.


A previsão para o PIB continua bastante pessimista, com previsão de -2,70%, partindo de uma previsão há quatro semanas, retraindo para -2,97% na última semana e caindo ainda mais para -3,00% na expectativa de hoje.


O relatório pode ser acompanhado na íntegra em Gerin.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

III Encontro Unificado da UFPB

Segue o memorando que eu recebi, lembrando que os monitores (Alef e Fred) e o aluno responsável pela Olimpíada de Contabilidade (Marcos) devem se inscrever, obrigatoriamente, no evento.

Os demais, recomendo que participem.

COMUNICADO
 
            As Pró-Reitoria de Graduação, Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários torna pública a presente Convocatória que trata do III Encontro Unificado de Ensino, Pesquisa e Extensão, no período de 16 a 20 de novembro de 2015 no campus I, para os projetos desenvolvidos nos Campus I e IV e de 25 a 27 de novembro de 2015 no Campus II, para os projetos desenvolvidos nos Campus II e III. O Encontro Unificado de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPB objetiva a reflexão acerca das atividades realizadas nos programas acadêmicos de Ensino, Pesquisa e Extensão e a socialização das diversas experiências vivenciadas pelos estudantes das diversas áreas do conhecimento numa perspectiva interdisciplinar. Visando ações que vislumbram a melhoria da formação do estudante da UFPB, o Encontro Unificado consolida as bases da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão. Em 2015, o Encontro será parte das comemorações dos 60 anos da UFPB e refletirá sobre o importante papel desempenhado por esta Universidade no cenário educacional paraibano e nacional.
            As inscrições para os estudantes que participam de projetos e devem apresentar trabalhos deverá ser feita de acordo com o Edital publicado no site do Encontro. Para os estudantes que forem participar como ouvintes a inscrição deverá ser feita no site do Evento e será exigida 100 por cento de frequência nas mesas redondas, palestras e seminários. Os estudantes que quiserem se inscrever em ninicursos e/ou oficinas também deverão comprovar presença para ter direito ao certificado .
 
 
 
Para maiores informações acesse os links dos encontros abaixo:
 
ENIC -  www.prpg.ufpb.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Resultado do desafio da greve

Durante a greve eu lancei um desafio aos meus alunos e na aula de ontem, eles me mostraram o resultado.

O vencedor foi o aluno Ítalo Nascimento, que estava na 5ª colocação do ranking nacional do jogo da CVM.

A aluna Caroline Delfim conseguiu a 7ª colocação no ranking. Como eu tenho o coração mole, vou dar também uma premiação para ela.

Parabéns aos dois! Abaixo está a prova do crime.



ATUALIZANDO:

Ítalo me convenceu que ele poderia chegar ao posto de 1º colocado até a sexta-feira (hoje)... e conseguiu. Parabéns mais uma vez, conseguiu desbancar o "Cão", que estava disparado em primeiro lugar!!

O aluno Dante, da turma de Contabilidade da noite, também me mandou o printscreen dele. Foi o primeiro lugar em sua turma e ficou no Top 30 do Brasil.

Allyson, da turma da noite de Ciências Atuariais ficou no Top10:

Avaliação pelo fluxo de caixa livre e empresas fechadas

Os slides utilizados na aula de ontem e que serão utilizados também na aula de segunda-feira, podem ser acessados abaixo.

O artigo que eu comentei com vocês quando falei da relação entre a teoria da agência (veja mais sobre isso aquiaqui e aqui) e o fluxo de caixa livre pode ser acessado clicando aqui (o artigo que falei sobre caixa e desempenho é o número 2 desse post).



Planejamento das aulas após a greve

Turmas, o planejamento que foi discutido ontem em sala poderá ser acessado clicando aqui. A planilha 1 é a original, antes da greve. A planilha 2 é o pós-greve.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Inscrições para o SECICAT [comigo, na sala]

Turmas de atuária e contabilidade, quem já quiser fazer a inscrição comigo hoje, poderá fazer antes de iniciarmos a nossa aula. Eu levarei os formulários.

Meus alunos que participarem do Seminário e me entregarem o certificado e um relatório sobre, pelo menos, dois eventos do SECICAT [palestra, workshop ou sessão de apresentação de artigos (feito a mão)], terão a adição de 1 ponto na nota da valuation e 1 ponto na nota da última prova.

O relatório pode ser, por exemplo:

1) uma palestra e uma sessão de artigos no mesmo dia;
2) uma palestra e uma sessão de artigos em dias diferentes;
3) duas palestras no mesmo dia;
4) duas palestras em dias diferentes;
5) etc.

O que importa é que vocês participem. Esse evento está sendo muito difícil de se organizar e as Professoras Vera e Ionara e os alunos (todos voluntários) estão se esforçando muito para fazer isso por vocês. Façam valer à pena!!

Se, por acaso, algum aluno teve um artigo aprovado, por favor me avise. Darei um "presente" adicional!

O nosso seminário ocorrerá nos dias 05 e 06 de novembro.

Os valores das inscrições são os seguintes:

- 07 de agosto a 20 de outubro: 
Aluno: R$ 50,00
Profissional e outros: R$ 70,00

- 21 de outubro a 04 de novembro: 
Aluno: R$ 60,00
Profissional e outros: R$ 80,00

Aquisições no setor de teconologia

Clique aqui e veja quais foram as maiores aquisições no setor de tecnologia. Semestre que vem, os alunos de atuária, cursarão finanças III. Um dos tópicos da disciplina é fusões e aquisições, então esse já é um aquecimento.

Boletim Focus



Há algumas semanas o relatório e mercado, nos mostrava uma inflação em torno de 5,72%, mais algumas semanas depois o mesmo relatório chega a valer 6,11% e atualmente está sendo marcado pelo percentual de 6,24%. 

Algumas instituições renomadas, as que mais costumam acertar, esperam um IPCA em torno de 9,75% para o restante do ano. 

Analogamente a inflação, o PIB continua a crescer só que negativamente, há 30 dias o PIB era representado pelo percentual de -2,55%, após algumas semanas o mesmo índice chega ao percentual de -2,97%. 


Veja o relatório por completo clicando aqui

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Boletim Focus

O relatório de mercado, Boletim Focus, vem informar ao leitor a esperança para essa semana, com pouca alteração na expectativa da inflação para os próximos 12 meses. A inflação esperada para o mercado hoje é de 9,53%

Mas as instituiçōes top5 esperam um percentual de 9,30% partindo de uma previsão da média, há quatro semanas, e 9,63% para hoje.


A previsão para o PIB continua bastante pessimista, com previsão de -2,44%, partindo de uma previsão há quatro semanas, retraindo para -2,80% na última semana e ainda mais para -2,85% na expectativa de hoje.

O relatório pode ser acompanhado em Gerin.

domingo, 4 de outubro de 2015

Dinâmica do IMOB Frente as variàveis de Política Econômica - Brasil

O Índice BM&FBOVESPA Imobiliário (IMOB) tem por objetivo oferecer uma visão segmentada do mercado acionário, medindo o comportamento das ações das empresas representativas dos setores da atividade imobiliária compreendidos por construção civil , intermediação imobiliária e exploração de imóveis . As ações componentes são selecionadas por sua liquidez, e são ponderadas nas carteiras pelo valor de mercado das ações disponíveis à negociação. (FONTE: BM&FBOVESPA )
A estratégia desta análise é aplicar uma modelo de previsão por vetor de autoregressão, comumente utilizado em análise de séries temporais com dados do IMOB desde o seu início em 2008 até 2014 confortado com o viés da política econômica brasileira. Observado os critérios exigidos de perturbação nos desvios da média da amostra ( Desvio Padrão versus Erro Padrão), covariância entre os erros no tempo ( hipótese de autocorrelação residual) e vinculação a distribuição desses resíduos a uma distribuição normal ( normalidade dos resíduos), bem como a verificação de cointegração entre as variáveis no tempo e também seleção da desfasagem temporal ideal ou lag ótimo ( mais utilizado), premissas do modelo, assim foi possível estimar um modelo para Vetor de Autorregressão – VAR e gerado o seguinte gráfico.




Conforme o gráfico de previsão, percebe-se que terminaremos o ano de 2015 em queda formando um novo fundo no início de 2016 com uma alta momentânea, contudo como o fundo formado foi mais agudo que o fundo anterior fica configurando a formação da tendência de baixa, ainda em 2016 a análise estima uma forte queda quebrando a resistência do fundo anterior confirmando a tendência de queda do indicador. Assim pode-se dizer que haverá uma previsão de baixa do indicador considerando um intervalo de confiança de 95% dos casos e aceitando a possibilidade de realizar uma análise através do modelo de Vetor de Autoregressão – VAR. Essa tendência de baixa é reflexo da mudança política do governo e do cenário econômico ocasionado pelos programas governamentais efetuados ao longo de pelo menos 3 anos. Considerando-se que há perca de fundamento a medida que o tempo passa por haver perca de informações de dados, cabe para manter a fiel previsão da análise a alimentação dinâmica dos dados, contudo a análise indica um efeito permanente na previsão.

Observando analiticamente percebe-se que choques de oscilação no câmbio, na quantidade de moeda em Depósitos à vista, papel moeda em poder do público e reservas bancárias especiais para fundos e títulos públicos de alta liquidez ( teoricamente reflete a liquidez do mercado), Taxa SELIC, TJLP e Risco País reflete em pouco do movimento do índice no curto prazo e amplia ao longo do tempo.
Contudo a maior magnitude esta relacionado a choques na Taxa SELIC, seguido dos Depósitos à vista, papel moeda em poder do público e reservas bancárias especiais para fundos e títulos públicos de alta liquidez que teoricamente representam a liquidez da economia e por fim a Taxa de Juros de Longo prazo o que nesse contexto reflete o quão exposto esta o indicador imobiliário as medidas governamentais arbitradas e a politica monetária adotada. Os choques no câmbio refletem em oscilações significativas no índice, mas não tanto como nas outras séries, já o risco país pouco perturba os movimentos do IMOB.

Essa análise foi relaizada através de apontamentos e dicas dos professores Mércias Cruz e Hélio Ramos, ambos Professores Doutores do curso de Economia na Universidade Federal da Paraíba - UFPB.


ENTENDENDO MELHOR O VALOR EM RISCO

1) INTRODUÇÃO

Considere um gestor de um fundo de investimento que busca maximizar os retornos enquanto minimiza os riscos. Um dos indicadores-chave utilizados por esse gestor é o Valor em Risco (VaR).

Mas qual modelo de VaR ele deve escolher? Paramétrico, Histórico, ou Simulado?

Cada modelo tem suas próprias vantagens, desvantagens e aplicações.

Este trabalho visa explorar esses três modelos de VaR, discutindo seu funcionamento, suas aplicações práticas e suas limitações. O VaR, nada mais é do que do que a maior perda esperada em uma carteira para um dado período de tempo, com uma probabilidade definida normalmente em 5%.


Dessa forma, o VaR mede a possibilidade de perda dado um movimento “normal” do mercado, mas é sempre importante tomar decisões de gestão de risco combinando com outras metodologias, a exemplo do beta, máximo drawndown entre outros.

Comparação dos 3 modelos de VaR:

Critério

VaR Paramétrico

VaR Histórico

VaR Simulado (Monte Carlo)

Aplicações

- Gestão de Portfólio

- Hedge de Risco Financeiro

- Pricing de Ativos

- Trading

- Análise de Desempenho

- Modelagem de Risco

- Gestão Integrada de Ativos e Passivos (ALM

- Gestão de Risco Corporativo

- Planejamento Financeiro

Vantagens

- Rápido e fácil de calcular

- Menos dados históricos necessários

- Não assume uma distribuição específica

- Utiliza dados de mercado reais

- Modelo de distribuições não-normais

- Flexibilidade para cenários complexos

- Mais preciso para derivativos complexos

Desvantagens

- Assume distribuição normal dos retornos

- Sensível a outliers

- Dependente de dados históricos

- Ignora eventos futuros

- Computacionalmente intensivo

- Modelo pode ser tão complexo que se torna difícil de entender e validar

Limitações

- Inadequado para ativos com retorno não-normais

- Impróprio para opções e derivativos complexos

- Pode não ser preciso para avaliação de riscos futuros

- Requer grande quantidade de dados

- Custoso em termos de tempo e recursos computacionais

- Precisa de especialistas para modelagem e interpretação


2) DESENVOLVIMENTO

Tipos de Risco que podem afetar as carteiras de investimentos:

·         Risco de mercado:

o   Afetado por taxas de juros, taxa de câmbio, preços dos ativos, preços das commodities etc

o   Pode-se usar o VaR para estimar seus impactos

o   Para gerenciar esse tipo de risco, pode-se diversificar, controlar o tamanho das posições, fazer hedge e ferramentas de ALM em geral.

·         Os demais riscos abaixo existem, mas são menos relacionados ao VaR.

·         Risco de crédito

·         Risco operacional

·         Risco reputacional

 

 

VaR e Efeito Diversificação

O efeito diversificação você já conhece a partir do estudo da Teoria das Carteiras de Markowitz, porém com o VaR funciona parecido. O VaR individual de um ativo A somado ao do ativo B é maior do que o VaR de uma carteira composta pelos ativos A e B, por causa do efeito diversificação, que reduz o risco da carteira.

 

Modelos Históricos de VaR

Modelos Históricos de VaR utilizam dados passados para estimar o risco de um portfólio. Eles não fazem suposições sobre a forma da distribuição dos retornos, o que pode ser benéfico em mercados financeiros que apresentam anomalias. Jorion (1997) em "Value at Risk: The New Benchmark for Managing Financial Risk" destaca a aplicabilidade e as circunstâncias em que o VaR histórico pode ser mais adequado.

 

Exemplo de Aplicação do VaR Histórico na Gestão de Recursos

Contexto

Suponha que você é o gestor de um fundo de investimento com uma carteira diversificada de ações. Você quer entender o risco histórico associado à sua carteira.

 

Dados Disponíveis

Valor atual da carteira: R$1.000.000

Série histórica de 250 dias dos retornos diários da carteira.

 

Passo 1: Organizar os Dados Históricos

Classifique os 250 retornos diários da carteira em ordem ascendente.

 

Passo 2: Escolher o Nível de Confiança

Vamos usar um nível de confiança de 95%.

 

Passo 3: Calcular o VaR Histórico

Para um nível de confiança de 95%, você vai olhar para o 5º pior retorno na sua lista ordenada. Suponha que esse retorno seja -2%.

 

O VaR Histórico seria: valor da carteira x 5º pior retorno = - R$ 20.000

Passo 4: Interpretação

Isso significa que, com base no histórico, a pior perda esperada em um único dia, com 95% de confiança, é de R$20.000.

 

Modelos Paramétricos de VaR

O Valor em Risco paramétrico é baseado em modelos estatísticos que fazem suposições sobre a distribuição dos retornos de um portfólio. Este modelo é amplamente utilizado devido à sua simplicidade e eficiência computacional. Pesquisas como "On the Estimation of the Volatility of Financial Prices" de Parkinson (1980) fornecem insights valiosos sobre o funcionamento e as limitações do VaR paramétrico.

 

Exemplo de Aplicação do VaR Paramétrico na Gestão de Recursos

Contexto:

Imagine que você é o gerente de um fundo de investimento e possui um portfólio com uma única ação. O objetivo é avaliar o risco associado a esse investimento utilizando o método VaR paramétrico.

 

Dados Disponíveis:

Preço atual da ação: R$50,00

Retorno médio esperado: 5% ao mês

Volatilidade (desvio padrão dos retornos): 10%

 

Passo 1: Definir o Horizonte de Tempo e o Nível de Confiança

Vamos considerar um horizonte de tempo de um mês e um nível de confiança de 95%. Isso significa que estamos interessados em saber qual é a maior perda esperada com 95% de confiança em um mês.

 

Passo 2: Calcular o Z-Score

O Z-Score para um nível de confiança de 95% é 1,645. Este valor é obtido a partir de tabelas estatísticas da distribuição normal padrão.

 

Passo 3: Calcular o VaR Paramétrico

A fórmula do VaR paramétrico é: preço do ativo x z-score x volatilidade

Sendo assim, o VaR paramétrico será de R$ 8,225

 

Passo 4: Interpretação

O resultado indica que, com 95% de confiança, a maior perda esperada para este investimento em um mês é de R$8,225. Isso é crucial para entender o risco associado ao portfólio e pode influenciar decisões como a alocação de ativos ou mesmo se o risco atual está alinhado com a estratégia do fundo.

 

Passo 5: Comunicação aos Stakeholders

É fundamental comunicar esse resultado aos stakeholders, especialmente se o VaR estiver acima do nível de risco tolerado pelo fundo ou pelos investidores.

 

 

Modelos Simulados de VaR

Já os modelos simulados de VaR utilizam técnicas de simulação Monte Carlo ou outros métodos estocásticos para gerar uma série de cenários possíveis para os preços dos ativos do portfólio. Este modelo é útil quando os ativos têm distribuições de retorno complexas que são difíceis de modelar parametricamente. O trabalho de Pritsker (2006), "The Hidden Dangers of Historical Simulation," oferece uma discussão crítica sobre os desafios e as limitações deste método.

Exemplo de Aplicação do VaR Simulado na Gestão de Recursos

Contexto

Imagine que você é o gestor de um portfólio de ativos compostos por ações e títulos, e está interessado em avaliar o risco dessa carteira usando o VaR Simulado.

 

Dados Disponíveis

Valor atual do portfólio: R$1.000.000

Retorno esperado: 8% ao ano

Volatilidade esperada: 20% ao ano

 

Passo 1: Configuração da Simulação

Configure a simulação Monte Carlo para gerar 10.000 cenários para o retorno da sua carteira em um dia.

 

Passo 2: Execução da Simulação

Utilize uma simulação Monte Carlo para gerar retornos simulados baseados em uma distribuição normal com média (retorno esperado) e desvio padrão (volatilidade).

 

Passo 3: Cálculo do VaR Simulado

Ordene os 10.000 cenários gerados e escolha o percentil de 5% como seu VaR. Suponha que esse valor seja um retorno negativo de 3%.

VaR Simulado = Valor da Carteira x -3 = - R$ 30.000

 

Passo 4: Interpretação

Isso significa que, com 95% de confiança, você não deve esperar perder mais do que R$30.000 em um único dia com base nessa simulação.

 

APLICAÇÕES DO VaR NA GESTÃO DE RECURSOS E ALM

VaR Histórico:

Contexto

Você é o CFO de uma empresa que quer aplicar o VaR Histórico na gestão de seus ativos e passivos.

 

Dados Disponíveis

Ativos: R$10.000.000

Passivos: R$8.000.000

Série histórica de 250 dias dos retornos dos ativos e passivos.

 

Passo 1: Organizar os Dados Históricos

Classifique os retornos dos ativos e passivos de forma ascendente.

 

Passo 2: Calcular o VaR Histórico para Ativos e Passivos

Suponhamos que o 5º pior retorno para os ativos seja -1% e para os passivos seja -0.5%.

 

Passo 3: Calcular o VaR Histórico da Carteira: (Ativos x -0,01) – (Passivos x -0,005) = - R$ 60.000

Passo 4: Interpretação

Isso implica que, com 95% de confiança, a pior perda esperada para a carteira da empresa em um dia é de R$60.000, considerando o histórico de 250 dias.

 

 

Var Paramétrico:

Contexto

Suponha que você é o CFO de um banco pequeno e quer avaliar o risco da carteira de investimentos e dos passivos de longo prazo, como depósitos a prazo fixo. O objetivo é usar o VaR paramétrico para avaliar o risco conjunto e tomar decisões de hedging, se necessário.

 

Dados Disponíveis

Valor total dos ativos (investimentos): R$10.000.000

Valor total dos passivos (depósitos a prazo): R$9.000.000

Retorno médio esperado dos ativos: 4% ao ano

Retorno médio esperado dos passivos: 3% ao ano

Volatilidade dos ativos: 8%

Volatilidade dos passivos: 5%

Passo 1: Calcular o Valor da Carteira

Valor da Carteira = Valor dos Ativos - Valor dos Passivos

Valor da Carteira = R$10.000.000 - R$9.000.000 = R$1.000.000

 

Passo 2: Calcular a Volatilidade da Carteira

Para simplificar, vamos supor que os ativos e passivos estão perfeitamente correlacionados. Nesse caso, a volatilidade da carteira é = volatilidade dos ativos – volatilidade dos passivos = 8% - 5% = 3%

 

Passo 3: Calcular o VaR Paramétrico da Carteira

Usando um nível de confiança de 95% e um Z-Score de 1,645: VaR da Carteira = valor da carteira x Z-Score x Volatilidade da Carteira = R$ 49.350

 

Passo 4: Interpretação e Ações

O VaR calculado sugere que, com 95% de confiança, a maior perda esperada para a carteira em um ano é de R$49.350. Isso pode informar decisões como a compra de instrumentos financeiros para hedge ou ajustes na composição da carteira de ativos e passivos para diminuir o risco.

 

VaR Simulado

Contexto

Você é o CFO de uma empresa e quer entender o risco financeiro usando VaR Simulado.

 

Dados Disponíveis

Ativos da empresa: R$50.000.000

Passivos da empresa: R$40.000.000

Retorno esperado dos ativos: 10%

Volatilidade dos ativos: 15%

Retorno esperado dos passivos: 4%

Volatilidade dos passivos: 10%

 

Passo 1: Configuração da Simulação

Configure a simulação Monte Carlo para gerar 10.000 cenários para os retornos dos ativos e passivos da empresa em um ano.

 

Passo 2: Execução da Simulação

Execute a simulação para os ativos e passivos separadamente, gerando 10.000 cenários para cada.

 

Passo 3: Cálculo do VaR Simulado

Determine o 5% pior cenário tanto para ativos quanto para passivos. Suponha que sejam -12% e -8%, respectivamente.

 

VaR Simulado = (Ativos x -0,12) – (Passivos x -0,08) = - R$ 2.800.000

Passo 4: Interpretação

Com 95% de confiança, a pior perda esperada para a carteira da empresa em um ano seria de R$2.800.000, com base na simulação.

 

Testes de Estresse Utilizando VaR: Navegando Através de Condições Extremas de Mercado

Imagine um gestor de hedge fund acordando com a notícia de um inesperado cenário geopolítico instável, levando a declínios acentuados nos índices globais de ações. Qual seria a perda potencial para o portfólio em um cenário tão extremo? Testes de estresse utilizando VaR (Valor em Risco) têm como objetivo responder a tais questões, fornecendo insights sobre como os portfólios podem se comportar sob condições adversas de mercado raras, mas plausíveis.

 

Discussão de Fatores-Chave

·         Mudanças Extremas de Preço: Embora o VaR seja frequentemente baseado em suposições de normalidade, os mercados mostram que mudanças extremas de preço ocorrem com mais frequência do que o esperado sob uma distribuição Normal. É aqui que os testes de estresse entram em cena, fornecendo um conjunto de cenários de mercado hipotéticos, mas extremos, para analisar seus efeitos nos preços.

 

·         Incerteza na Correlação: Outra camada de complexidade é a possível quebra de correlações entre fatores básicos do mercado durante eventos extremos. Por exemplo, ativos que geralmente se movem inversamente poderiam se mover na mesma direção. Testes de estresse ajudam a avaliar como mudanças nessas correlações podem impactar um portfólio.

 

·         Eventos Extremos Não se Repetem: O desafio com eventos extremos é que eles raramente se manifestam da mesma forma. Assim, testes de estresse frequentemente envolvem uma variedade de cenários extremos, considerando variáveis como agitação política, desastres naturais ou mudanças bruscas nas taxas de juros.

 

·         Distribuições em Mudança: Os mercados financeiros não são estáticos; eles evoluem ao longo do tempo. A distribuição dos retornos dos ativos hoje pode não ser idêntica à do futuro. Portanto, os testes de estresse devem ser atualizados regularmente para capturar a natureza mutável dos riscos.

 

Implicações Práticas

Por exemplo, se um teste de estresse revelar que um portfólio poderia perder até 20% de seu valor em um cenário de pior caso, como um aumento repentino nas taxas de juros ou um crash de mercado, essa informação poderia ser vital para a gestão de risco.

Instituições podem tomar medidas preventivas como reequilibrar o portfólio, fazer hedge ou manter reservas de capital mais elevadas.

 

Testes de estresse servem como uma ferramenta complementar ao VaR, especialmente ao revelar vulnerabilidades que o VaR pode não capturar. Permitem uma gestão de risco proativa, particularmente para eventos extremos que não se encaixam bem nas suposições de distribuição normal. No entanto, como todos os modelos, os testes de estresse têm suas limitações, incluindo a necessidade de atualizações regulares e os desafios em prever eventos sem precedentes.

 

Em resumo, testes de estresse utilizando VaR oferecem um framework abrangente de avaliação de risco que permite a instituições financeiras e investidores individuais se prepararem para os cenários de mercado mais extremos.

 

3) CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Valor em Risco é uma métrica financeira que tem ampla aplicabilidade na gestão de riscos. Os três modelos de VaR — paramétrico, histórico e simulado — têm seus próprios méritos e limitações, que devem ser cuidadosamente considerados pelo gestor financeiro. Apesar da robustez teórica e prática desses modelos, vale lembrar que eles são apenas aproximações e têm suas limitações, como bem apontam críticos como Taleb (2007) em "The Black Swan: The Impact of the Highly Improbable".

 

Além disso, o ambiente financeiro está sempre mudando, com novas categorias de ativos e novos tipos de riscos emergindo. Portanto, é crucial para as instituições financeiras não apenas escolher o modelo de VaR mais apropriado para suas necessidades, mas também manter suas abordagens de gestão de risco atualizadas.

 

Em resumo, o uso cuidadoso e entendimento profundo dos modelos de VaR são indispensáveis para qualquer estratégia de gestão de riscos eficaz. A escolha entre os modelos paramétrico, histórico e simulado dependerá de vários fatores, incluindo o tipo de ativos envolvidos, a disponibilidade de dados e a capacidade computacional.