Os investidores do mercado de ações estão sempre buscando formas de realizar bons negócios ao transacioná-las. Pelo fato das ações constituírem um investimento cuja natureza é de longo prazo, é comum os investidores comprarem os papéis que consideram mais atraentes e, muitas vezes, aguardar um longo tempo até resolverem vendê-los.
Entretanto, uma modalidade de se investir em ações que contraria esse procedimento é utilizada por diversos investidores, diariamente, nas mais diversas Bolsas do mundo. Trata-se do day-trade, que será explicado a seguir.
Considera-se day-trade a operação ou a conjugação de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em que a quantidade negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente. Na apuração do resultado da operação day-trade são considerados, pela ordem, o primeiro negócio de compra com o primeiro de venda ou o primeiro negócio de venda com o primeiro de compra, sucessivamente. No caso de operações intermediadas pela mesma instituição, é admitida a compensação de perdas incorridas em operações day-trade realizadas no mesmo dia.
Entretanto, cabe ressaltar outras características desse tipo de operação. Por exemplo, quanto à tributação, há diferenças em relação às negociações que não constituem day-trade. A alíquota de Imposto de Renda para operações de day-trade é de 20% sobre os ganhos líquidos mensais, havendo retenção na fonte com alíquota de 1% aplicada sobre o resultado positivo apurado em cada operação. Deve-se notar que as perdas ocorridas em operações de day-trade só serão compensadas com ganhos obtidos em operações deste mesmo tipo.
O investidor deve estar atento aos riscos inerentes ao day-trade. A maior diferença em relação a uma operação tradicional é que ela envolve risco de crédito, o que acaba levando algumas corretoras a criarem entraves para esta operação. O risco surge em alguns casos, pois a ação comprada pode cair e gerar perdas aos investidores. Em uma operação tradicional, quando o investidor compra o papel e não vende até a liquidação financeira, que ocorre após três dias, este risco não existe para as corretoras.
Os riscos basicamente estão relacionados com a possibilidade de não se vender as ações compradas, que assim entrariam no processo de liquidação financeira da bolsa. Portanto, nesse caso, há a necessidade de se ter o valor total da compra em conta corrente, que será debitado no terceiro dia útil após a operação de compra. Outro risco envolve uma eventual queda na cotação da ação após a compra, o que poderia causar um prejuízo, relativo à diferença entre as cotações mais a corretagem se o day-trade for efetivado.
Outro tipo de operação muito usual é o swing-trade, que tem objetivo de curto a médio prazo, com duração de 2 a 5 dias em média. Logicamente, estas operações são baseadas em análise gráfica e outras ferramentas estatísticas, como sistemas de algoritmos.
É sempre importante analisar o potencial de ganho em tais operações, mas o risco existente não pode ser desconsiderado. As oportunidades de ganhos são atrativas, porém o risco é elevado, o que exige maior cuidado dos operadores.
Aproveitamos para lembrar que, visando atender um público cada vez mais interessado em operações de prazo mais curto, o Onde Investir possui no módulo de Análise Gráfica uma área denominada “Orientações do Dia”. Nesta área são postadas opções de operação de prazo curto, sendo indicadas operações de compra ou venda, com pontos de entrada (ou saída), objetivo e stop.
Obs.: A Lopes Filho & Associados permite a seus clientes a reprodução deste texto, desde que seja mantida a integridade total do texto e mencionada sua autoria (Equipe Onde Investir By Lopes Filho). As informações aqui contidas têm propósito unicamente informativo e alertamos aos usuários que não nos responsabilizamos pela utilização destas informações em eventuais tomadas de decisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário