quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estratégia Keynesiana de investimentos

Keynes, além de ser um influente economista, foi também um, aparentemente, bom investidor.

Seguem abaixo algumas estratégias utilizadas por ele, que podem ajudá-los no desempenho de suas carteiras no Folhainvest, bem como nos seus investimentos reais (retirado do Valor) - tenham cuidado, pois isso é um artigo traduzido do The Wall Street Jornal, algumas recomendações de setores podem não servir para o nosso caso atual:

1. Ignore o ruído - Keynes considerava as informações diárias de preços como: "uma influência inteiramente excessiva, e até mesmo absurda, sobre o mercado". A menos que você seja capaz de superar os programas robóticos que compram e vendem ações em alta frequência, você não deve operar no mercado com base nas variações de preços no curto prazo. Pense em horizontes anuais e pratique política de investimentos de longo prazo.

2. Seja "do contra" - Isso significa comprar ações não badaladas, e não dos glamourosos titãs da tecnologia, como Google e Apple. Keynes comprou ações de companhias fora dos holoftes, nos setores de navegação, ferroviário e minerador nos anos 1930. Elas mais tarde se recuperaram e registraram lucros enormes. Hoje, os sapos que poderão virar príncipes estão nos setores imobiliário, de energia e de geração - todas com os piores retornos no S&P 500 no ano passado.

3. Prefira ações a títulos para superar a inflação - Keynes abandonou a "dieta" tradicional dos gestores de carteira institucionais - títulos e ações - e passou a "digerir" ações em 1920 e 1930. Além de proporcionar um retorno de 30% no ano passado, as ações ordinárias valorizaram, em média, 10% entre 1926 e 2013. Os "ultraseguros" títulos do Tesouro dos EUA renderam, em média, apenas 3,5% e perderam para a inflação no ano passado.

4. Commodities podem ser perigosamente voláteis - Keynes manteve-se fortemente exposto a contratos futuros de commodities na década de 1920, mas foi esmagado no crash de 1929. Commodities são uma proteção confiável contra a inflação que não acompanham o movimento das ações; mas, em caso de catástrofe no mercado, as commodities acompanham as ações. Quando a demanda mundial por mercadorias como petróleo, metais e produtos agrícolas despenca, como ocorreu na década de 1930 e em 2008, é bom ter mantido distância desses mercados.

5. Dividendos são desejáveis - Algumas das empresas mais valiosas do mundo não são glamourosas, mas vêm pagando dividendos estáveis há décadas. Vale a pena investir nelas porque intensificam o retorno total acumulado, especialmente se você reinvestir os dividendos em mais ações. Keynes buscou pagadoras de dividendos nos anos 1930, quando as ações de muitas dessas empresas estavam sendo rejeitadas. Atualmente, você sequer precisa comprar ações individuais: compre e mantenha participações em um fundo listado em bolsa (ETF), como o SPDR S&P Dividend, que investe em empresas sólidas, como AT&T, Consolidated Edison e Clorox. O fundo ganhou 30% no ano passado, proporciona um rendimento de 2% e cobra uma taxa de administração de 0,35% ao ano pela gestão de uma carteira de empresas que vêm incrementando regularmente os seus dividendos.

6. Pare de suar - Quando Keynes parou de tentar identificar os momentos certos para assumir e/ou vender posições no mercado, ele passou a ter mais êxito. Suas melhores carteiras incluíam empresas com sólidas perspectivas de longo prazo, que foram compradas a preços de banana e envolviam empresas em todo o mundo. Ele comprava mais ações quando ficavam mais baratas, ignorando o grau de interesse do mercado. Keynes aprendeu que abandonar previsões "macro" era vantajoso, ele se deu bem ao privilegiar um enfoque baseado nos valores intrínsecos das empresas ou em que medida poderiam ampliar seus ganhos no futuro com base nos modelos de gestão e de negócios.

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