quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Comentários sobre o desafio de Warren Buffet



Ontem eu postei um desafio bem básico sobre uma notícia interessante que foi divulgada na imprensa. Hoje eu faço alguns comentários sobre as respostas.

Apesar de não citarem explicitamente alguns conceitos fundamentais que foram vistos, vocês expressaram o conceito deles.

Por exemplo, Edileuza nos trouxe que ela consideraria o risco (expresso pela diversificação das ações) e a liquidez (quando fala sobre a formação da carteira e quantidade de dinheiro e de ações que receberia). Esses pontos citados por ela afetam diretamente o seu custo de oportunidade, expresso por alguma taxa de desconto escolhida por ela, considerando os itens apontados.

A resposta de Alef e Lucas (para quem não sabe ele foi o Campeão do primeiro turno do Desafio FolhaInvest, da turma de Finanças I – obtendo a maior rentabilidade entre os alunos da tarde e da noite) foi bem completa, porque Lucas “fez as contas” – apesar de Alef não ter feito, os dois concordaram nos conceitos. 

Não sei como ele escolheu a taxa de desconto, mas algo deve tê-lo motivado a isso (fiquei curioso). Além de fazer as contas, os dois citaram outros dois conceitos importantes que nós vimos durante a parte inicial da disciplina: a) o valor do dinheiro no tempo, expresso pela perda do poder aquisitivo da moeda; e b) uma adaptação “Teoria do Pássaro na Mão” (bem conhecida na literatura sobre dividendos, proposta por Gordon e Lintner, como sendo uma resposta para a “Irrelevância da Política de Dividendos” de Modigliani e Miller).

Sobre a resposta de Maíra, não há uma resposta correta. Eu gostaria de ter visto os seus argumentos. O que motivaria você a tomar tal decisão?

Mas lembrem-se, mesmo que vocês possam não estar vivos para receber as 40 parcelas, algum familiar seu poderia estar. Considerando que você se importa com os seus familiares (herdeiros), é importante analisar os dois fluxos de caixa no mesmo período de tempo – por exemplo, trazendo as 25 parcelas a valor presente, comparando com o montante que seria recebido hoje, conforme vimos no início da disciplina.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

DESAFIO: Qual é a melhor opção? Buffett promete dar US$ 1 bilhão a um sortudo

Leiam o seguinte texto retirado do Infomoney:


“A Berkshire Hathaway e a Quicken pagarão US$ 1 bilhão para quem acertar todos os resultados de basquete do campeonato do National Collegiate Athletic Association, conhecido como March Madness. São mais de 100 jogos de basquete – acertar os resultados é praticamente impossível.” Caso alguém acerte, serão dadas duas opções:

1) 40 parcelas anuais de US$ 25 milhões; ou

2) US$ 500 milhões em dinheiro e ações imediatamente. 

Baseado no que nós estudamos no início da disciplina (considerando que você ganhou o prêmio), qual opção você escolheria e por quê (o que você faria para escolher entre as duas opções e que outras informações utilizaria para tomar essa decisão?).

Boa sorte!

Regras:

1. Os alunos deverão postar suas respostas nos comentários;
2. O desafio vale 1,5 pontos na próxima prova;
3. Se houver mais de uma resposta correta, dividirei o 1,5 em 3 parcelas de 0,5 e sortearei entre três alunos;
4. Colocarei moderação nos comentários, para que os outros candidatos não possam ver as respostas dos outros; 
5. O aluno que não se identificar no comentário será automaticamente excluído do certame;
6. Serão aceitas respostas até amanhã (às 17h15); e
7. Apenas os alunos de Finanças I poderão participar.

Buffett promete dar US$ 1 bilhão para qualquer "homem das cavernas" sortudo - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3156162/buffett-promete-dar-bilhao-para-qualquer-homem-das-cavernas-sortudo



Fonte: Infomoney

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Como surgiu a maior corretora de valores mobiliários do Brasil

 Essa é a história de um jovem economista com visão e um bom potencial na mão. Segue a reportagem:

Guilherme Benchimol - Economista e Sócio fundador da XP Investimentos

 Fundador da XP Investimentos, maior corretora de varejo do Brasil, Guilherme Benchimol começou dando aula, em Porto Alegre, sobre o funcionamento do mercado de ações. Com R$ 3.000, abriu um clube de investimento que se tornou uma gestora de R$ 3 bilhões. Inspirada na americana Charles Schwab, a XP trouxe ao país o conceito de shopping de investimento, que compara e vende diferentes aplicações de butiques e bancos estrangeiros.
*
Eu trabalhava numa corretora carioca chamada Investshop, que pretendia se transformar em um shopping de investimento vendendo desde ações até aplicações de diferentes bancos.

Meu trabalho era convencer outras corretoras a reduzir custos operando por meio da plataforma do Investshop.


Em 2001, após a bolha da internet, o setor em que trabalhava acabou sendo extinto e eu fui demitido.

Com 24 anos, isso tira o chão. De aprendiz de executivo virei desempregado. Já estava formado (fiz economia na UFRJ) e me questionei se era mesmo bom naquilo.

Havia uma corretora em Porto Alegre, a Diferencial, que queria operar com a Investshop. Eles me chamaram para continuar o projeto, em que deixariam de ser corretora para operar como agente autônomo (uma espécie de vendedor de aplicações associado a uma corretora).

Lá, conheci o Marcelo Maisonnave, que se tornou depois meu sócio na XP. Falei: Marcelo, por que não fazemos a mesma coisa? Montamos um escritório de autônomo!

No começo, a minha decisão era: nunca mais quero ter chefe. A do Marcelo era: vou me juntar com esse cara, que deve saber o que faz.

Eu devia ter uns R$ 10 mil guardados. Compramos uns computadores usados e começamos a XP.

A marca XP foi criada em meia hora. Eu falava muito que queria criar uma empresa XPTO... Assim, ficou XP.
No começo, a vida da XP foi muito dura. Por um ano, faturamos R$ 1.000 por mês. Vendi meu carro, o Marcelo morava com os pais.

HORA DA VIRADA

A virada ocorreu quando começamos a fazer palestras sobre o funcionamento do mercado de ações. As pessoas queriam entender o que fazia as ações caírem. Era gratuito, no playground do prédio, e tinha um "coffee break" com suco de laranja.

Os cursos estavam enchendo e percebemos que podíamos cobrar. Começamos pedindo R$ 300. Depois de uma semana, a Bolsa subiu 10%! Pensamos: é esse o negócio da XP. Dar aula!

Tínhamos um estagiário que se formou, mas não podíamos contratá-lo porque não tínhamos dinheiro. Ele foi trabalhar no JPMorgan, ganhando R$ 2.000. Falamos a ele: se pintar uma oportunidade igual, chama a gente. Não ganhávamos nem isso.

A ESTAGIÁRIA

Ficamos só com uma estagiária, que ia se formar em seis meses. Bateu um desespero. Sem ela, não teríamos como continuar operando.

Então, surgiu a ideia: vamos botá-la como sócia! Vendemos um sonho para ela se encantar com o projeto. Falamos: vamos ser a maior corretora do Brasil e você vai ter 10% da XP. Naquela época, 10% de nada era nada. E ela topou!

Um tempo depois, quando a XP estava crescendo, me casei com a estagiária e ficou tudo em família. Anos depois, nos separamos.

Cumprimos a promessa feita a ela: de uma escola no playground do prédio viramos a maior corretora do país.
Em 2003, começamos a terceirizar o trabalho e montamos umas 30 filiais. Crescemos tanto que precisávamos ter uma corretora. Compramos a America Invest e pagamos com 5% das ações da XP.

Fui morar no Rio. O Marcelo ficou em Porto Alegre tocando a área dos autônomos.

Nossa gestora começou em 2005 como um clube de investimento com R$ 3.000: R$ 1.000 meu, R$ 1.000 do Marcelo e R$ 1.000 do meu pai. O clube virou um fundo e hoje tem R$ 3 bilhões.

Depois veio a crise de 2008. Felizmente, ainda éramos pequenos. Mas foi o bastante para ver que não se pode depender só da corretagem de ações. É como ter uma empresa de guarda-chuva. Precisa chover todos os dias.

Na crise, você tem que ficar muito próximo dos clientes, que estão assustados. Normalmente, o profissional de investimento foge do cliente quando ele está perdendo dinheiro. É um erro.

Fomos a uma feira da corretora americana Charles Schwab. Ela funcionava como shopping de investimento. Focava no que o cliente precisava, enquanto o banco foca naquilo que quer vender.

Começamos a ver que o Brasil poderia seguir o mesmo caminho porque os clientes estão descontentes com os bancos. Resolvemos apostar na comparação de produtos, oferecendo fundos de diferentes casas.

Fizemos uma estrutura com todas as gestoras estrangeiras e butiques. Hoje, chegamos a captar R$ 500 milhões por mês. A meta é passar de R$ 5 bilhões neste ano. Estamos só começando.

Há 30 milhões de pessoas que investem nos bancos; 25 milhões na poupança. Tenho certeza de que todas elas poderiam investir melhor.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Seminário - Damodaran on valuation

Damodaran é um dos Professores mais conhecidos na área de avaliação de empresas - inclusive o nome do evento é o título de um dos seus livros.

O seminário terá a duração de 2 dias e tem preços especiais até o dia 24 deste mês. Confiram no site.

Existe a inscrição para uma pessoa e a inscrição para 5 pessoas. Estou buscando mais 4 pessoas para dividir a inscrição de 5 pessoas comigo, pois sai mais barato. Que está disposto?

Conheça também o blog do Professor: Musing on Markets.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Operações ilegais C.E.F 2013.


  Com um histórico de fomento dos setores de infra-estrutura, saneamento e assistência social  a Caixa Econômica Federal - CEF é, e sempre será através da políticas públicas ao qual é órgão operador, o principal meio de alcance as classes menos favorecidas da população brasileira, contudo não estava entre os 3 grandes bancos em ativos até meados de 2013. Em entrevista em meados de 2012 para 2013 um dos CEO's da CEF respondeu questionamentos sobre o projeto da caixa em se tornar o maior banco em ativos do Brasil chegando ao 3º lugar no ranking dos bancos como primeiro passo, a estratégia ousada de aumentar significativamente o quantitativo de agências já presenciada durante o ano de 2013, o que irá gerar maior volume de contas CEF pessoa física e pessoa jurídica por questões de custo transporte, tempo, taxas, localização entre outros, deixou a CEF com o almejado 3º lugar no ranking e um aumento potencial na lucratividade. Contudo hoje presenciei alguns jornais de grande visibilidade alertando que não se preocupasse com as suas poupanças da CEF pela manutenção de algumas contas mal cadastradas na instituição, segundo a CGU - Controladoria Geral da União, não seria essa a motivação da preocupação da CEF, há uma confirmação do BACEN de uma prática ilegal de existência de contas bancárias inutilizadas nos resultados da instituição refletindo no aumentando da posição financeira bem como no aumento do lucro do exercício.

 Certamente grande parte da população correntista da CEF devem estar tranquilizados agora e o programa para se tornar o maior banco em ativos não ira falhar,contudo a Isto É, Infomoney entre outros informantes menos difundidos para a população em geral tentam mostrar um pouco do que acontece. 

Segue a reportagem da infomoney revelando a prática ilegal efetuada pela caixa econômica com o propósito de valoração da instituição.Caixa usa poupança inativas


Aumento na demanda e nos salários dos profissionais de Contabilidade e Finanças

A tendência normal das coisas seria cada vez mais esses profissionais terem o seu trabalho valorizado nas empresas, pois para que se tenha sucesso nos negócios, os dois são essenciais.

Leia mais no site do CFC.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Por que o Brasil é muito desigual? (e-book gratuito)

Prezados leitores, divulgo aqui o quinto livro de autoria do Professor Economista Paulo Galvão Júnior.

Paulo Galvão é um dos economistas mais empolgados que eu conheço. Ele passa essa empolgação para os seus artigos e, consequentemente, para os seus livros.

Conheçam clicando aqui o seu mais novo livro.